sábado, 30 de abril de 2011

CRONICA IN MEMORIAN AO EXIMIO VIOLONISTA SERESTEIRO "DIONE FEITOSA!

"DIONE  FEITOSA, O PEDRA "90"!!!

      DEPOIS QUE MEU  PAI,EXPEDITO  NUNES  VIANA, FENECEU  HÁ  19 ANOS,  TODOS  AQUELES  QUE EU ME  APROXIMO  MAIS QUE EU, COMEÇO  A SENTIR  UMA  ESTIMA  QUASE  PATERNAL. É O QUE  ESTÁ ACONTECENDO ATUALMENTE  COM  MUITOS  DOS  MEUS  AMIGOS  QUE CONVIVO.  DEIONE  FEITOSA EXERCIA  SOBRE  MIM, ESTE FASCÍNIO DE UM  AR DE  "PATER  PODER".  TODAS AS VFEZES  QUE NOS ENCONTRAAVAMOS, PRINCIPALMENTE  NOS BARES  DA VIDA, VIA AFLORAR  SOBRE  MIM, A  IMAGEM ENCARNADA  DO MEU ESTIMADO GENITOR.. ESPERO  QUE AO  FAZER  ESTA REVELAÇÃO, OS  MEUS  OUTROS  AMIGOS  NÃO  COMECEM A ME DISCRIMINAR  POR ESTE  MOMENTO DE VERDADE.  NA REALIDADE, EU TINHA  UMA  GRANDE AFEIÇÃO  POR ESTE  AMIGO.

      TENHO UM TIO  QUE  DIZIA: NINGUEM É INSUBSTITUIVEL! EM PRINCIPIO, TEORICAMENTE SIM, CONCORDO COM ELE! MAS, EXISTEM PESSOAS QUE, PARA SUBSTITUI-LAS, DEMORAR-SE-Á SECULOS PARA TAL FEITO ACONTECER. PERGUNTO-LHE:  QUANTO TEMPO PASSARÁ  PARA  APARECER  OUTRO PELÉ?  OUTRO ZICO?  OUTRO  MARADONNA?  OUTRO MICHAEL JACKSON? OUTRO LUIZ GONZAGA?  OUTRO ALCIDES  CARNEIRO? OUTRO ZÉ LAURENTINO?  OUTRO DR. ZERBINI?  OUTRO JUSCELINO KUBISTSCHEK?  OUTRO  DR.ALBERT EINSTEIN?  OUTRO  NELSON  GONÇALVES?  OUTRO  IVANILDO VILA  NOVA?  OUTRO SIVUCA?...

      TINHA  UMA  PESSOA EM NOSSA TURMA  DE ENCONTROS  DE FINAIS DE SEMANA E DAS  NOSSAS CONFRATERNIZAÇÕES  QUE PASSARÁ  MUITO TEMPO  PARA  ENCONTRARMOS OUTRO SUBSTITUTO.

      EU  TINHA UMA  ESTIMA  DE FILHO  PARA  COM UM PAI.  UMA SIMPATIA E UM AMOR DESPRENDIDO DE INTERESSES PECUNIARIOS  OU OUTRO  TIPÓ  DE PROVEITO. ELE ERA O IMÃ, COM  SUA FORÇA  MAGNETICA  DEDILHANDO  AS CORDAS  DO SEU  VIOLÃO, FAZIA  GRAVITAR,  TODOS  NÓS.

      FOI REPENTISTA, PALHAÇO  DE CIRCO,  MEMBRO DA BANDA DE MUSICA DA POLICIA  MILITAR DO II  BATALHÃO  EM CAMPINA  GRANDE.  ESPIRITUOSO, PIADISTA, BOM AMIGO, DA PAZ  QUE FAZIA  TUDO PARA DAR  AO GRUPO  UMA  BOA  HARMONIA.  ERA  BRANCO,  COM TEZ  QUASE PUXANDO PARA ALBINO.  CABELOS E  BARABA  BRANCOS.  AO USAR  CHAPÉU, SE PARECIA  COM BÚFALO  BILL;  SEM CHAPÉU. LEMBRAVA  VINICIUS  DE MORAIS.  MAS,  UMA  DAS  GRANDES VIRTUDES, DO SARGENTO DIONE FEITOSA, ERA  O  AMOR E A SUA  ESTIMA AO VIOLÃO.

      OS  NOSSO ENCONTROS E SARAUS ERA  METADE  DE CONVERSAS E O RESTO:  MUSICAS  DE  ÓTIMAS QUALIDADES,  ACOMPANHADAS  PELO  "VIOLÃO DE OURO" DE DIONE FEITOSA.ÁS  VEZES, QUANDO  DESAFINAVAMOS OU ENTRAVAMOS ERRADOS  NA INTRODUÇÃO, NUNCA  GOZOU DE NOSSA CARA. PARAVA E DIZIA:  UM  MOMENTO, VOU MELHORAR O  TOM!  QUNDO TERMINAVA A MUSICA, ELE  NOS ACARICIAVA  COM PALAVRAS, DIZENDO:  OLHE AÍ, MAIS DE  DEZ  MIL PESSOAS  APLAUDINDO...!!!!

      QUEM NÃO  CONHECEU DIONE, PERDEU  UAM GRANDE  OPORTUNIDADE  DE TER  CONVIVIDO COM ELE.  ERA UM  CARA BEM HUMORADO, LOUCO  PARA TOCAR  VIOLÃO. BOM AMIGO, BOA PRAÇA, DE CONDUTA  OLIBADA, ATENCIOSO, EDUCADO,EMPOLGADO EM DIZER  AS COISAS,  MARAVILHOSO DECLAMADOR.  TINHA  UMA EDUCAÇÃO DE BERÇO, MUITO MAIS EDUCADO  QUE MUITOS  DOUTORES DE ANEIS  QUE CONHECI E CONHEÇO.  DIONE ERA QUASE PERFEITO EM TUDO QUE FAZIA. PARA  MIM ERA UM  VERDADEIRO "PEDRA 90"( A  BOLA  BOA, OU SEJA, UM SUJEITO LEGAL...AQUELE QUE FAZ A DIFERENÇA. PESSOA CEM POR CENTO HONESTA, SINCERA, NOTA  1000)  REPIRO, QUEM NÃO O CONHECEU, PERDEU.  QUEM NÃO CONVIVEU  COM ELE, DEIXOU DE OUVIR UM EXIMIO ACOMPANHADOR AO VIOLÃO, O QUAL PARECIA  FAZER PARTE  DE SEU CORPO E DA  SUA   VIDA.  QUEM NÃO TEVE O PRAZER  DE ESCUTAR O "MONOLOGO DAS MÃOS", PERDEU DE OUVIR O SEU  MAIOR DECLAMADOR.(COPIA EM ANEXO).

      AOS  DOMINGOS, PELA  MANHÃ, REUNIAMOS  NO BAR DO GUEDES, NO BAIRRO  DE SANTA ROSA, EM CAMPINA GRANDE, E  FAZIAMOS AQUELA  RODA, TOMANDO CERVEJA, OU BEBNDO  WISK,M OU ENTORNANDO  VINHO.   GUEDES, O DONO DO BAR, SERVINDO-NOS. INAJÁ, SARGENTO MENDES CANTANDO: CELIA, A CAMISOLA  DO DIA...  NELSON  ROBERTO DANDO UM SHOW  PARTICULAR  QUE  VOCE DEVERIA OUVIR, CANTANDO "BALADA NUMERO 7", QUE  TODAS AS VEZES QUE OUÇO, FICO COM OS MEUS  PELOS DOS  BRAÇOS  TODOS ERIÇADOS. ESTE É UM PEQQUENO EXEMPLO DO SEU VASTO REPERTORIO.  EU, CANTANDO  RISQUE, ARGUMENTO, CICLONE, O TROCO.... INAJÁ  CANTANDO, CAMINHEMOS,  CASTIGO, A CARTA, FIM DE JORNADA, VITIMAS IGUAIS E VARIAS DE CARLOS ALBERTO, LUPICINIO  RODRIGUES E BIENVENIDO  GRANDA, CANTANDO  COM A ALMA  E DANDO INTERPRETAÇÃO INVEJAVEL;  TODOS A  CANTARMOS  ACOMPANHADOS AOS ACORDES DO VIOLÃO DO GRANDE "DIONE".  RUI  VIEIRA DECLAMANDO E  CONTANDO PIADAS.  JOSÉ  LAURENTINO  CONTANDO E HISTORIAS DE CANTORIAS E DECLAMANDO    SEUS  VERSOS. EDNALDO, FILHO DE DIONE, ACOMPANHANDO AS MUSICAS, ORA  NO VIOLÃO DE SETE  CORDAS, ORA  COM O SEU  CAVAQUINHO. ÀS  VEZES, APARECIA  O ADVOGADO E POETA  REPENTISTA  APOLONIO CARDOSO  QUE CANTAVA SUA MUSICA  PREFERIDA:"MEU ROMANCE". SEM, NO ENTANTO,  ESQUECERMO-NOS DAS PRESENÇAS DOS NOSSOS AMIGOS:  HILTON QUE SEMPRE NOS  OFERTAVA  SABOROSOS  TIRAGOSTOS  FEITOS POR SUA ESPOSA. ABEL, JUNIOR DE INAJÁ, PETRONIO  QUE QUANDO  ESTAVA  PUXANDO  UM FOGUINHO, TAMBEM  TRAZIA  UMA  BOA PARCELA DE SABOROSOS  PETISCOS PARA DEGUSTARMOS. WANDERLEY,  SR.  FRANCISCO,  CARLOS  FERNANDES, SARGENTO LIRA, NEGO DA CAGEPA, ANTONIO BORGES, ADERCIO, NALDO FERNANDES, TICO, MEU  MOTORISTA, SR.  FRANCISQUINHO(COMERCIANTES DE PEÇAS DE AUTOMOVEIS EM CAMPINA GRANDE), EUNICE(madrinha), O SEU  AMIGO  DR.  ARIVAN  VIANA E TANTOS OUTROS  QUE FICAVAM  FAZENDO RODA Á  NOSSA  VOLTA. ESTE SIM, ERA  O NOSSO  VERDADEIRO ENCONTRO DOMINICAL. PARA  MIM, ERA O MEU ISORDIL AUDITIVO PARA RECOMEÇAR A LABUTA  DA SEMANA  COM MEU  ASTRAL ALTO, FICANDO  NA EZPECTATIVA DE NOVO ENCONTRO DA TURMA    NO PROXIMO DOMINGO.

      SENTIMOS SAUDADES DESSES  NOSSOS  ENCONTROS. A FALTA  DE DIONE QUASE ACABOU COM O NOSSO GRUPO. ESTAMOS  ATÉ HOJE  PROCURANDO  UM NOVO VIOLONISTA  PARA  A VACANCIA EM ABERTO, PORÉM, ATÉ  O MOMENTO, AINDA  NÃO ENCONTRAMOS  NENHUM QUE FOSSE  UM "PEDRA 30"  PARA ASSUMIR  O SEU POSTO. POR ISSO  É QUE  DISCORDO  DA OPINIÃO DO  MEU TIO.  NINGUEM É INSUBSTITUIVEL,MAS  HÁ  ALGUMAS  PESSOAS  OU COISAS  QUE DEMORA  BASTANTE  TEMPO  PARA  SE SUBSTITUIR.

      O TEMPO PASSOU, DIONE  SEPAROU  O SEU CORPO  DO SEU ESPIRITO, EM VINTE E TRES DE AGOSTO  DE 2008, E A CADA DIA QUE SE PASSA, FICAMOS  MAIS CIENTES  QUE ELE  ERA O GRANDE  ELO QUE LIGAVA  TODOS  NÓS.  VIMOS, POR  FIM, QUE O" PEDRA  90" ERA REALMENTE O SUPER-HOMEM, UM SUPER  AMIGO, UM SUPER ARTISTA, E QUE, UMA VEZ TERMINADA A NOSSA  BRINCADEIRA, VOLTAVA  CALMO E SATISFEITO PARA  OS  BRAÇOS DE SUA ESPOSA, PARA DESCANSAR  NO SEU LEITO  TEMPORARIO.

      INAJÁ  BORGES, SEU AMIGO E SEU IRMÃO DE FÉ E POR AFINIDADE, DIR-LHE-Á, CASO  TENHA VONTADE  DE CONHECER  MAIS SOBRE  A VIDA   DE DIONE FEITOSA, DE MUITAS E MUITAS  COISAS  PITORESCAS  DESSE  GRANDE  ARTISTA E AMIGO  QUE SE FOI.

      QUANTAS  NOITES, DIONE  AMANHECIA  NOS CABARÉS  DE CAMPINA GRANDE, MAS NÃO  ERA EM BUSCA DE AVENTURAS  AMOROSAS, OU PATRA  SER UM CONQUISTADOR, OU PARA  PROCURAR  UMA  MULHER  VIOLÃO. E SIM, FAZENDO  DO  SEU VIOLÃO  UM INSTRUMENTO  DE TRABALHO  PARA  GANHAR UNS TROCADOS A MAIS, A FIM DE AUMENTAR  SUA RENDA  PARA DAR  UMA  MELHOR CONDIÇÃO  DE VIDA À SUA  FAMILIA.

      TINHA UMA FAMILIA  QUE  ERA  UM POOL  DE PESSOAS  MUSICAIS. A EXEMPLO  DE  SUA FILHA DIONALDA, COM UMA VOZ  BELA E CANTANDO  MELHOR  QUE MUITAS  CANTORAS  QUE SE APRESENTAM  NA TELEVISÃO, QUE AS VEZES PENSO  QUE ELES PAGAM  CARO PARA  ESTAREM LÁ( SE  VOCE TIVESSE  O PRAZER DE OUVIR  DIONALDA  CANTANDO:  NUNCA, LINDA FLOR, VOCE   IRIA  DIZER: GAL COSTA QUE  SE CUIDE...!!!)  EDNALDO  TBM FILHO, QUE  TBM TOCA VIOLÃO E CAVAQUINHO DE FORMA MARAVILHOSA.

      NOS SEUS ULTIMOS DIAS  DE PASSAGEM  SOBRE  ESTES  MOMENTOS TERRESTRE, RECEBEU  DE UMA FORMA  ABNEGADA A ATENÇÃO  DE SUA ESPOSA ALDA, DOS SEUS  FILHOS:  WILMA, DIONALDA, EDNALDO, DIOGENES, DION  JUNIOR E DANELLE E NETOS. NADA LHE FALTAVA DE DEDICAÇÃO, MAS A DOENÇA  FOI MAIS  FORTE, VENCEU  TUDO E A TODOS.  ARRANCOU-NOS ESTE SER TÃO ESTIMADO  POR TODOS  NÓS.

      EM NOSSO MEIO DE CONVIVENCIA, SO GUARDAMOS  OTIMAS  LEMBRANÇAS  DE QUEM, EM SUA VIDA, SOUBE SER  FELIZ E FAZER  FELIZ  QUEM ESTAVA  A SUA VOLTA;  VIDA  ESTA, QUE É UM  SEGREDO PROFUNDO!  O GRUPÓ, QUE NÓS PARTICIPAVAMOS, NUNCA MAIS OUVIU  VIBRAR AS CORDAS  SONORAS DO SEU VIOOLÃO.

      ATUALMENTE, ENVOLTO NO SEU SONO ETERNO, A POEIRA  DA SAUDADE  AINDA NÃO COBRIU  NAS NOSSAS MEMORIAS  SUA AUSENCIA.  HOJE, ELE MORA NA "CIDADE  DO ALEM", NA SANTA MANSÃO AO LADO  DE DEUS. NESSE  REINO DA  ETERNIDADE, TENHO CERTEZA  QUE VIVERÁ  COMO UM  ANJO QUERUMBIM  TOCANDO SEU VIOLÃO.

      DEUS, AQUI,9OS SEUS  AMIGOS  QUE FICARAM, FAZEMOS  UM PEDIDO, ROGANDO AO SENHOR: AMPARAI  COM VOSSO  AMOR E PIEDADE, ESTE AMIGO QUE SE FOI E QUE  DOS NOSSOS  PENSAMENTOS NUNCA SAIU, ATÉ O PRESENTE  MOMENTO, AINDA SENTIMOS SUA FALTA. QUE O SENHOR FIQUE SABENDO ISTO: " A  MORTE ESTAVA ENGANDA, O NOME DE DIONE FEITOSA  VIVERÁ DEPOIS DELA"!!!!

                                                                      JOSÉ ALVES  NETO

                                                                             MEDICO - ITAPORANGUENSE.

MONOLOGO DAS MÃOS!!!

PARA  QUE SERVEM AS MÃOS??

      AS  MÃOS  SERVEM  PARA PEDIR, CHAMAR, CONCEDER, COMANDAR,  ACARICIAR, SUPLICAR...

      AS  MÃOS  SERVEM  PARA  MATAR, REGER, APLAUDIR, ESCREVER, TRABALHAR...

      A MÃO DE "MARIA ANTONIETA" AO RECEBER O BEIJO  DE "MIRABEAU" SALVOU O TRONO  DA FRANÇA E APAGOU A  AURÉOLA DO FAMOSO REVOLUCIONARIO.

      "MUSCIO SCÉVOLA  QUEIMOU  A MÃO QUE POR ENGANO  NÃO MATOU "PORCENA".

      FOI  COM AS MÃOS  QUE "JESUS CRISTO"  AMPAROU MADALENA.

      "PILATOS"  LAVOU AS  MÃOS  PARA  LIMPAR A CONSCIENCIA...E  AS  MÃOS  DOS "CÉSARES" DETERMINAVAM  O  ESTINO  DE VIDA OU  MORTE  DOS GLADIADORES.

      A  MÃO  ABERTA  ACARICIANDO MOSTRA  BONDADE, MAS,  FECHADA E LEVANTADA  MOSTRA  FORÇA E PODER.

      A  MÃO  SERVE  PARA  O HERÓI  EMPUNHAR A ESPADA E O CARRASCO  A CORDA.

      COM A MÃO ATIRA-SE  UM BEIJO,  UMA PEDRA, UMA FLOR, ATIRA-SE  UMA GRANADA, UMA  ESMOLA OU  UMA  BOMBA!!!

      COM AS MÃOS SE CONSTROEM OS SALVA-VIDAS  E OS  CANHÕS...OS  BALSAMOS, OS INSTRUMENTOS DE TORTURA, A ARMA QUE FEREE O  BISTURI QUE SALVA.

      COM AS MÃOS  NÓS  TAPAMOS A VISTA PARA  NÃO VER, MAS  SÃO  COM ELAS  QUE PROTEGEMOS A VISTA PA RA  VER  MELHOR.

      OS  OLHOS DOS CEGOS SÃO AS MÃOS. OS  MUDOS  FALAM COM AS  MÃOS.

     AS  MÃOS NA AGULHETA DE UM SUBMARINO LEVAM O HOMEM PARA O FUNDO  DO MAR  COMO OS PEIXES,  MASNA VOLANTE DA AERONAVE  JOGAM O HOMEM  PARA AS ALTURAS  COMO OS PÁSSAROS.

      COM A MÃO  O  AGRICULTOR SEMEIA  E O ANARQUISTA INCENDEIA.

      AS  MÃOS  FORAM  NOSSA PRIMEIRAS ARMA, A NOSSA PRIMEIRA DEFESA.

      JESUS  ABENÇOAVA  COM AS MÃOS!!!

      O  NOIVO PARA PEDIR A CRIATURA  AMA DA  EM CASAMENTO...  PEDE-LHE A MÃO!

      E  NAS DESPEDIDAS, A GENTE PARTE, MAS FICA  POR LONGO TEMPO,  UM LENÇO  BRANCO  NO AR.

      E  NOS DOIS EXTREMOS  DA VIDA, QUANDO  NASCEMOS E QUANDO MORREMOS  AINDA SÃO AS  MÃOS QUE PREVALECEM.

      QUNDO NASCEMOS,  PARA  NOS  LEVAR  A CARICIA  DO PRIMEIRO BEIJO, SÃO AS MÃOS MATERNAS  QUE  NOS AGASALHAM O CORPO  PEQUENINO. E  NO FIM  DA VIDA QUANDO OS  OLHOS  FECHAM, O CORPO GELA E OS SENTIDOS  DESAPARECEM... AINDA SÃO AS  MÃOS  BRANCAS DE CERA  QUE CONTINUAM  NA  MORTE  AS MESMAS  FUNÇÕES DA VIDA!  E  A IMAGEM CONSOLADORA DO "NAZARENO"PREGADO À  CRUZ,  VAI  CONOSCO PARA DEBAIXO DA TERRA,  COM AS NOSSAS  MÃOS CRUZADAS  SOBRE O PEITO.  AS MÃOS DOS AMIGOS  NOS CONDUZEM.  MAS AS  MÃOS  DOS  COVEIROS QUE  NOS  ENTERRAM!!!!

     

Biografia do Escritor Ariano Suassuna!!!

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ariano_Suassuna

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cronica escrita por Aderaldo Luciano:

Meus amigos, comunico o falecimento na tarde de ontem de meu amigo
Edvaldo Amaro. Pessoa simples e sofrida, Edvaldo viveu da maneira mais
humilde possível em Areia. Passou necessidades, dormiu e apanhou pelas
ruas de Areia. Nunca feriu ninguém, mesmo assim foi levado preso
algumas vezes, denunciado por algum janota que se sentiu violentado
pela sua presença. Edvaldo Amaro estudou no Carlota Barreira, mas não
concluiu o primário. Trabalhador na roça, era conhecido de todos, mas
pouca gente lhe deu importância ou atenção. Nenhum programa o acolheu
para proteger-lhe de si mesmo e de sua doença incurável.

Edvaldo era conhecido pela alcunha de Chato e nutria por mim um
carinho de irmão. Muitas vezes o acolhi em minha casa. Me chamava de
Derinha, apelido desde o tempo de criança, quando bríncávamos lá no
sítio Pau-d'Arco. Era filho natural de Severino e Maria Chato. Dona
Ezilda Milanez, na tentativa de poupá-lo do alcoolismo dos pais,
deixou-o com minha mãe e passamos bons momentos, todos juntos, morando
no quartinho, nos fundos do Centro São Francisco. Depois, quando Zé
Maurício (Bacana) casou com Dona Chiquinho, Dona Ezilda o deu ao casal
para adoção, já que não podiam ter filhos.

Foram morar no Pau-d'Arco, sob os auspícios de Seu João Barreto. Aos
domingos, invariavelmente, eu ia a casa deles para passar o dia e
brincar pelos recantos do sítio. Crescemos, Edvaldo desenvolveu o
alcoolismo e tornou-se a figura marcada que alguns aqui conheceram.
Sofri muito com o rumo que a sua vida tomou. Na última vez que o
encontrei, já estava paralítico de uma perna e andava de muletas.
Conversamos e soube de sua luta para vencer o álcool, mas faltava-lhe
força e estrutura social. Os pais haviam morrido e o estigma de
irresponsável foi fácil de depositarem sobre si. Não pude ajudá-lo
muito, apenas servi de modelo quando resolvi parar de beber e resolver
minha vida, mas eu não estava mais em Areia.

Muitos dias conversei com Naldo Mousinho, pensando em uma maneira de
ajudar-lhe, mas é muito difícil ajudar um alcoólatra. Quem tem um na
família o sabe bem. A morte de Chato é apenas mais uma em Areia
motivada pela doença. Perdi muitos amigos para o álcool e cada um de
nós conhece alguém que perdeu essa batalha. Talvez por isso eu seja
contra o Bregareia naqueles moldes de incentivo à cachaça. Mas isso é
outra coisa.

Queria apenas aqui, homenagear, triste e solitário, o meu amigo Chato.
Encontrará do outro lado, seus pais naturais, seus pais adotivos e
minha mãe que o acolheu desde o nascimento. Siga em paz, meu irmão,
que a terra lhe seja leve, já que Areia sempre lhe foi pesada.

--
Você está recebendo esta mensagem

De Aderaldo Luciano:

Em 24 de março de 2011 01:15, Aderaldo Luciano <luizcangaceiro@gmail.com> escreveu:
Muitos daqui e de além já me perguntaram quem eram meus pais. Quem foi
a minha mãe. Escrevo esse testemunho movido pelo recente mal-entendido
entre os conterrâneos Altamir e Adelaide. Espero que tudo já tenha
sido esclarecido. Certamente o foi. Mas quem eram meus pais, quem foi
minha mãe? Não conheci meu pai e, por motivos legais, não poderei
citar seu nome. Minha mãe, seguramente, muitos desse grupo a terão
conhecido, muitos se lembrarão da mulher simples e de nenhum estudo,
da doméstica e da trabalhadora incansável, de nenhum requinte ou
qualquer ambição, que não fosse ver seu filho, Aderaldo, sendo uma
pessoa melhor no mundo deteriorado. Minha mãe foi Dona Mocinha,
peregrina de tantos trabalhos árduos, passageira em tantas cozinhas,
humilde e serviçal e que me repetia, como num mantra sagrado: —
Estude, meu filho, estude!, ela mesma analfabeta.

Ah! Minha mãe, não citarão teu nome nas rodas palacianas, nem o
escreverão em algum caderno comemorativo. Não soltarão fogos, nem
gritarão vivas em teu aniversário e mesmo poucos irão à tua sepultura
no dia de finados. Não lembrarão de ti, os poderosos. Não brindarão à
tua saúde, as potestades. Os prefeitos e vereadores deverão um dia,
muito longe, ter pedido teu voto. Nem sabiam que tu não votavas. Os
homens e mulheres de posses de Areia nem te notavam na rua, nem sabiam
quem eras, queriam apenas teus frágeis braços enxaguando suas roupas,
teus pequeninos dedos lavando seus pratos depois do jantar, tuas
delicadas mãos varrendo suas varandas ou carpindo seus quintais.

Oh, mamãe, lembro como hoje de teus lisos cabelos castanhos, do teu
sorriso tão natural, de teu abraço e teu cheiro. Lembro de tua
alegria, de tua meiguice, mas sobretudo de tua não ignorância quanto à
maldade do mundo. — Cuidado com os malfazejos!, tu me dizias. — Não se
engane com mulher!, tu me advertias. E eu não te obedeci, me iludi com
ambos. Doei a uns minha inteligência, a outras minha ingenuidade. Mas
o tempo passa e amadurecemos. Compreendemos então que tudo é uma
farsa, que tudo é ilusão, como dizia o velho e bom Augusto, o poeta.

Não pude te pedir perdão, nem dizer que te amo. Como eu sofria, mamãe.
Sofri do mal da incompreensão. Sofri preso na condição paupérrima de
um dia não ter nada para comer e ir para escola com fome e permanecer
com fome à noite e dormir e acordar porque nos faltava tudo, menos a
esperança, firme e semeadora dos meus mais íntimos sonhos e esses me
massacravam, impossíveis que eram de se realizar. Mas aprendi contigo
a ser teimoso, por isso repito, mamãe: não louvarão teu nome, não
comungarão tua passagem pela terra, não saberão de tuas dores, nem
alardearão em praça pública a tua dignidade. Não te dirão que eras
grande e que foste fundamental para a felicidade do mundo. Não
pronunciarão teu nome verdadeiro, Josefa, como aquela que fundou os
patamares de um mundo melhor. Mas não precisas de nada disso, minha
querida. Estás rindo porque me vês como querias: sem dinheiro, mas sem
me vender. Sem cargos públicos, mas trabalhando. Sem muito gozo, mas
com muita paz. Meu coração te basta!

Aprendi com minha mãe a escrever meus versos com a lágrima do
desespero, o canto da celebração e o riso maroto da ironia. MInha mãe
era Dona Mocinha a que construiu Tebas, a das sete portas.

Abraço a todos!

--
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "Os Loucos Por Areia" dos Grupos do Google.
Para postar neste grupo, envie um e-mail para os-loucos-por-areia@googlegroups.com.
Para cancelar a inscrição nesse grupo

Por Aderaldo Luciano:

Em 28 de março de 2011 01:09, Aderaldo Luciano <luizcangaceiro@gmail.com> escreveu:
Ninguém aqui lembrará de Zeca Toucinho, mas o filho de Neuza morava
com ela lá no final da Rua do Bode, meu reduto inexpugnável. Tocava
bateria só com a boca, como hoje o fazem os rappers. Além disso,
jogava sempre um futebol conosco lá nos toquinhos. Nos amedrontava,
era destemido, não respeitava a ordem social e não era benquisto na
Rua Grande. Foi meu amigo de longas noites silenciosas. Talvez
tivéssemos os mesmos anseios, os mesmos sonhos. Eu agarrei-me com
unhas e dentes no cometa Halley, quando passou por Areia. Zeca foi
pego pela rede da polícia. O grande mito e proeza que nos contava é
que havia fugido do Pindobal, a colônia penal para menores infratores
da Paraíba, naquela época. Soube de sua morte há uns 10 anos. Fiz um
poema para ele, está em meu livro:

A morte do imperador

Encantou-se o São Zeca Toucinho
De noite, 'scorado em bananeiras,
Entre folhas, baratas, ratos, fezes
Pois que ele obrava para a lua.
Bem bebia e demais. Zeca Toucinho
Foi anjo do mal para nós, moleques.
Foi bem mais que santo para Neuza
("Foi Deus que o levou", diria ela),
Mas diriam os conéis de Areia:
"Foi um negro, sacado, sujo e ruim!"

A ele, meu abraço, meu respeito e meu agradecimento, onde quer que
esteja!

Aderaldo Luciano escreveu:

Um dia pensei que ia morrer de amor e escrevi um testamento para a
pessoa que me fazia sofrer tanto. Não morri, pelo contrário, estamos
mais vivos do que nunca e em nossas noites de bem-estar, rimos dos
nossos contratempos:

"Deixo para ti as últimas lembranças de felicidade que me acompanham:
o sorriso de minha mãe e a beleza dos meus três pequeninos samurais.
Cantigas descobertas na vida. Um rádio ligado à noite e um violão
sobre o guarda roupa... O filme pornô que nós não vimos e o motel que
nunca freqüentamos...

Deixo ainda um rol de coisas em que acredito, não são muitas, mas o
suficiente para não morrer demais: acredito no sol, em sua força
criadora. Na água movendo moinhos e secretando a vida. No fogo capaz
de mudar a história e as histórias. No homem domador do raio, do
trovão, da gravidade, vencedor de distâncias, inclusive a dos
corações. Acredito na Língua, união e desunião de povos. Na lança que
fere e que salva. Na selva e sua sudação e fotossíntese. Na vida além
da morte. Na morte por amor e no amor de morte. Na matemática
financeira e no computador.

Deixo para ti, enfim, os insondáveis mistérios e as perguntas tantas
que não desvendei. Por que te conheci? De onde venho, para onde vais?
Quem somos e o que não sou e o que queres ser? As respostas, talvez,
nunca conheçamos. A impossibilidade de habitá-las é meu pesar. A
necessidade de compreendê-las é estrada afora. Vejo as Mangabeiras e
suas trevas.

Escrevo este testamento, pois bem sei que amanhã não existirei mais
como agora o sou. Cansado e só, um peito morto e um rosto pálido, o
sexo inerte e a mão trêmula, o estômago vazio e os pés esquimós,
escuto os sussurros do coração e da aorta, espero o desfecho, como num
conto de Poe. As luzes se apagam, busco duas coisas para continuar
respirando: a dor da solidão de dor e o prazer de saber cantar. Antes
do fim te deixo meu canto, mistura de cisne e guriatã."

Aderaldo Luciano escreveu!

Gregório de Mattos e Guerra (1633/1696), o Boca do Inferno, nascido na
Bahia, foi o primeiro de nossos satíricos, homem de língua destravada
e fácil veia poética. Estudou humanidades em Portugal, tendo feito o
curso de leis na Universidade de Coimbra. Na terra mãe foi juiz
criminal e de órfãos. Voltou ao Brasil com 47 anos, sob a proteção do
arcebispo da Bahia, D. Gaspar Barata. Tantas e tais fez que não só
perdeu a proteção do prelado, como ainda foi degredado para Angola.
Reabilitado, voltou ao Brasil, indo para Recife, onde conquistou
simpatias e viveu com menos turbulência que na Bahia. É o patrono da
cadeira n.º 16 da Academia Brasileira de Letras. Além de versos
satíricos e humorísticos, escreveu poesias eróticas com a maior
incontinência verbal. Este poema é antológico. Li-o pela primeira vez
também numa aula de Português. Aplique-se ao Brasil daquela época para
que não haja confusão:


Juízo anatômico dos achaques que padecia o corpo da República em todos
os membros, e inteira definição do que em todos os tempos é a Bahia.

Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.

O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.

Quem a pôs neste rocrócio?... Negócio.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
E no meio desta loucura?... Usura.

Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que perdeu
Negócio, ambição, usura.

Quais são seus doces objetos?... Pretos.
Tem outros bens mais maciços?... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos?... Mulatos.

Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao Demo o povo asnal,
Que estima por cabedal,
Pretos, mestiços, mulatos.

Quem faz os círios mesquinhos?... Meirinhos.
Quem faz as farinhas tardas?... Guardas.
Quem as tem nos aposentos?... Sargentos.

Os círios lá vem aos centos,
E a terra fica esfaimando,
Porque os vão atravessando
Meirinhos, guardas, sargentos.

E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.

Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.

Que vai pela clerezia?... Simonia.
E pelos membros da Igreja?... Inveja.
Cuidei que mais se lhe punha?... Unha

Sazonada caramunha,
Enfim, que na Santa Sé
O que mais se pratica é
Simonia, inveja e unha.

E nos frades há manqueiras?... Freiras.
Em que ocupam os serões?... Sermões.
Não se ocupam em disputas?... Putas.

Com palavras dissolutas
Me concluo na verdade,
Que as lidas todas de um frade
São freiras, sermões e putas.

O açúcar já acabou?... Baixou.
E o dinheiro se extinguiu?... Subiu.
Logo já convalesceu?... Morreu.

À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece:
Cai na cama, e o mal cresce,
Baixou, subiu, morreu.

A Câmara não acode?... Não pode.
Pois não tem todo o poder?... Não quer.
É que o Governo a convence?... Não vence.

Quem haverá que tal pense,
Que uma câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence.

--
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "Os Loucos Por Areia" dos Grupos do Google.
Para postar neste grupo, envie um e-mail para os-loucos-por-areia@googlegroups.com.
Para cancelar a inscrição nesse

Aderaldo Luciano escreveu:

Este soneto conheci-o em aula de Português cuja professora era Dona
Toinha. Aplique-se a Areia:

Soneto XXXII

Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar, pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.

Fazia, de papel, toda uma armada;
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada...

Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, são como aqueles,

perfeitamente, exatamente iguais...
- Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!

Guilherme de Almeida

--
Perguntas de um Operário Letrado

Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilônia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Indias
Sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou, Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas.


--