SONETO EM VERSOS “BRANCOS”
Enlouqueci.
Um anjo mau tomou-me
Todo prazer de amar ou de viver.
Não sinto já o mínimo entusiasmo
E o mundo todo é cinza à minha volta.
Um anjo mau tomou-me
Todo prazer de amar ou de viver.
Não sinto já o mínimo entusiasmo
E o mundo todo é cinza à minha volta.
Sem justificativa racional, um diabo interno
Decretou-me o infortúnio infinito,
A autopunição neste inferno
Em que sequer o sofrimento é sentido.
Decretou-me o infortúnio infinito,
A autopunição neste inferno
Em que sequer o sofrimento é sentido.
Tudo é aridez de alma, é marasmo,
Mediocridade e imersão no inanimado.
Até um rochedo do que eu possui mais vida!
Mediocridade e imersão no inanimado.
Até um rochedo do que eu possui mais vida!
O amor, então, foi pra tão longe
Que não restou nem o tesão dos brutos,
Mas apenas uma náusea enfastiada!
Que não restou nem o tesão dos brutos,
Mas apenas uma náusea enfastiada!
Gravataí, 15 de novembro de 1999
Ubirjara Passos
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